domingo, 21 de fevereiro de 2010

FEIO


A tragédia é sempre feia. Apesar disso, uma tragédia feia pode ainda ficar mais feia.
Ontem à tarde assistia na SIC às primeiras notícias e imagens sobre a tragédia da Madeira, algo de inimaginável e de pavoroso. Noticiavam-se as primeiras informações confirmadas da existência de vítimas e passavam imagens não editadas do caos em que se tinha transformado o Funchal.
De repente, surge o que ainda tornou a tragédia mas feia, uns rapazes, referidos como deputado do PS, elemento do BE e, não posso garantir, alguém ligado ao PCP, todos da Madeira, ouvem-se ao telefone num inoportuno e descabido, na altura, ataque às políticas do Governo Regional. Corei.
Esta indignação não tem rigorosamente nada a ver com qualquer espécie de simpatia para com o Governo Regional da Madeira, considero Alberto João um ditador, que tolera a democracia, e que apenas é tolerado pela necessidade dos votos das sucessivas lideranças do PSD. Considero-o aliás, já que está na agenda, a face não oculta da asfixia democrática e do condicionamento da liberdade de expressão.
Dito isto, retomo os feios discursos dos representantes da oposição. Em primeiro lugar esperava-se, esperava eu, uma palavra de solidariedade e disponibilidade para auxilio e cooperação. A política partidária não podia, não devia, estar ali.
É por este tipo de comportamentos que entendo que, cada vez mais, a partidocracia e os seus interesses têm menos a ver com as pessoas.

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