sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

COISAS DE MIÚDOS, COISAS DE GRAÚDOS

Quando se olha e atenta nos tempos que vão correndo parece que o mundo anda do avesso. Reparamos nos comportamentos das pessoas, nos seus discursos e atitudes e quando achamos que estão a passar das marcas, seja no que for, alguém avalia, “parecem miúdos” ou “piores do que os miúdos”, etc. No fundo, parece que os adultos quando se portam mal agem como miúdos, quando se portam bem, bom, nesse caso serão adultos.
Por outro lado e curiosamente, quando olhamos para os miúdos e reparamos nos seus comportamentos menos positivos achamo-los tremendamente parecidos com os adultos. Aliás, de vez em quando ouvem-se vozes a defender que quando os miúdos fazem as asneiras semelhantes às dos adultos devem ser tratados como adultos, por exemplo, prendendo-os.
De facto, o mundo parece um bocado esquisito e do avesso. Os miúdos quando se portam mal parecem adultos e os adultos quando se portam mal parecem miúdos.
Será a isto que se entende por trocas entre gerações? E que tal os graúdos deixarem de fazer concorrência aos miúdos na forma como agem, para que também estes não sintam a tentação de parecer adultos a fazer asneiras?
No meio destas inquietações ainda tenho uma dúvida acrescida. Porque será que me lembrei disto hoje?

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