Nos últimos dias acentuou-se a discussão em torno da credibilidade, designadamente, no que respeita à credibilidade do Primeiro-ministro, ao que parece e de acordo com o Público, mesmo no interior do PS. De facto, creio que importa reflectir na credibilidade.
Em primeiro lugar, parece-me de considerar que credibilidade significa, sobretudo, confiança e sabemos todos como a confiança naqueles que estão à nossa volta, nas mais variadas circunstâncias, é fundamental para que nós próprios nos sintamos confiantes e tranquilos no presente e face ao futuro. Isto é tanto mais importante quanto mais adversos sejam os cenários em que vivemos.
Por outro lado, estarão certamente lembrados que em diversos estudos de opinião realizados em Portugal, os políticos são a classe profissional que merece menos confiança por parte dos inquiridos.
Neste contexto, temos um cenário extremamente adverso em termos económicos e financeiros, em termos de emprego e, sobretudo, com uma baixa expectativa de melhoria no curto médio prazo, a que acresce uma classe política em que não se confia, que se entretém em perigosos jogos na defesa de interesses pessoais ou partidários e que não mostra capacidade de entendimento face às necessidades do bem comum.
É neste quadro, do meu ponto de vista, que se joga verdadeiramente a questão da credibilidade, da confiança. Não é um problema exclusivamente centrado na figura do Primeiro-ministro, é bem mais grave que isso.
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