Não é muito habitual mas hoje sinto-me um pouco como Vasco Pulido Valente, já não consigo acompanhar o que vai acontecendo no pântano, quem disse o quê, quem falou com quem, quem escutou o quê, quem queria o quê, quem mentiu a quem, quem decide o quê, quem engana quem, etc. etc. etc.
Tenho um estômago sensível e achei por bem desistir de perceber.
No meio disto tudo, sinto uma enorme tristeza, alguma revolta e muita inquietação. Os portugueses, de uma forma geral, atravessam um conjunto de dificuldades que deveriam mobilizar todo o esforço e empenho da comunidade, das lideranças, no sentido de construir um rumo e estabelecer níveis de confiança nos dias que virão.
Em vez disso, temos um lodaçal de comportamentos, mentiras contradições, oportunismos e verborreia de que todos procuram tirar dividendos partidários embora sempre em nome de Portugal e dos portugueses.
Assiste-se a toda a gama de manhosices políticas e a descaradas formas de propaganda e intoxicação d opinião pública. A opinião publicada parece sempre com uma agenda escondida que lhe retira rigor e seriedade.
Princípios éticos esbatem-se ou hipotecam-se ao dividendo imediato e à luta pelo poder, dos poderes, partidários, regionais, centrais, na imprensa ou outros. Veja-se a "coragem" com que o Sol afronta a providência cautelar que o quer "amordaçar" e não inclui na edição para Angola a transcrição de escutas "incómodas" para a elite política angolana com uma insultuosa desculpa da hora de fecho da edição.
Tudo isto é demasiado mau e profundamente inquietante. Quem se atreve a pensar no que será o futuro próximo de Portugal e dos portugueses? Mas também quem estará verdadeiramente interessado nisso?
Sem comentários:
Enviar um comentário