Já aqui tenho referido que, apesar de as referências às alterações climáticas se centrarem no planeta Terra, também me preocupam as alterações climáticas que envolvem as pessoas desta terra.
A imprensa de hoje divulga um estudo do Observatório Português de Boas Práticas Laborais (entidade que confesso desconhecer) em que 36,5% dos inquiridos entendem que o estado das relações laborais em termos genéricos é mau. Curiosamente, 40% entendem que na sua empresa a situação é positiva. É um dado interessante sobre a percepção do clima, ou seja, na minha empresa a coisa é positiva mas de uma forma geral a situação é má. O estudo diz ainda que os inquiridos expressam maior preocupação com a igualdade de oportunidades do que com salários e carreira o que também é de salientar, as pessoas parecem mais sensíveis à justiça e ao bom tratamento que a questões de salário.
Este tipo de conclusões não é inédito, outros trabalhos nacionais e internacionais mostram como, contrariamente ao que por vezes se entende, as pessoas precisam e esperam reconhecimento e bom relacionamento mais do que dinheiro ou estatuto.
Nos tempos que correm, com altíssimos níveis de precariedade laboral e de desemprego, é óbvio que a percepção das relações laborais em termos genéricos tenderá a ser negativa.
É por isso que, tanto quanto os eventuais riscos do alegado aquecimento global, me preocupam os riscos do arrefecimento global das relações entre as pessoas.
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