quinta-feira, 16 de julho de 2009

O ESSENCIAL E O ACESSÓRIO

Tentar produzir algum discurso sério de análise ao conteúdo facial das “propostas” de revisão constitucional do inimputável Alberto João parece-me um exercício que insulta os princípios elementares da democracia e da ética política. Compreendo, no entanto, que os actores políticos, sobretudo os partidocratas do chamado “arco do poder” usem aquelas afirmações no combate político que, do meu ponto de vista, nem isso merecem. Aliás, tenho para mim que Alberto João acha isso mesmo, uma irrelevância política. Mas, se bem repararmos esta é a sua estratégia no sentido de garantir imprensa e tempo de antena que alimente, mascarando com o escandaloso aval das cúpulas do seu partido, um poder totalitário que sobrevive, não destes disparates, mas de algo mais refinado e eficaz, tráfico de influências, poder absoluto, emprego social, gestão criteriosa das verbas e dos apoios e outras “democráticas” ferramentas de gestão do poder.
Este cenário, por demais conhecido, é que me parece a questão central em torno da figura de Alberto João. Não adianta o estafado discurso das sucessivas eleições ganhas com maioria, o que mais conhecemos é “pequenos” e “grandes" ditadores eleitos com maiorias esmagadoras.
O resto é a chegada da silly season a preparar o folclore do Chão da Lagoa.

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