domingo, 5 de julho de 2009

OS NOMES QUE CHAMAMOS

O trabalho hoje apresentado pelo Público sobre os nomes que os portugueses estão a atribuir aos seus rebentos, parece-me uma feliz opção para intercalar com as notícias da crise, da gripe A H1N1, do nauseabundo cenário político do burgo, da apresentação do Cristiano Rónaldo em Madrid, etc.
Devo dizer que fiquei um pouco inquieto, um mundo sem “Sónias Andreias”, sem “Kátias Vanessas”, sem “Sandras Cristinas”, sem “Tatianas”, sem “Fábios”, sem “Mauros” vai ser, certamente, um mundo diferente. Por outro lado, parece haver uma tentativa de sofisticar um pouco as escolhas, provavelmente em resultado do Programa Novas Oportunidades. Mantém-se o popular João, mas temos o Rodrigo, o Martim, o Tomás, a Mariana, a Matilde entre outras que nos garantem, enfim, outra apresentação.
Mas o que me deixou mais apreensivo face a esta questão, é que parece que o povo está mesmo a voltar as costas aos nossos mais gloriosos nomes, sobretudo nos rapazes, não se encontra Manuel, António, José, Paulo, Carlos, etc. Será que vamos deixar de ter um Carlos Jorge, um António Manuel, um Manuel Carlos, um José Manuel, um António João, um Paulo Jorge, tudo nomes na nossa melhor tradição?
Até nos nomes! Estão a mexer com a nossa identidade.

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