domingo, 19 de julho de 2009

A NANOPOLÍTICA

Um dos registos da semana que passou foi a mediática inauguração do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia em Braga. É certo que só começa a funcionar em pleno em 2010, mas pronto, já está inaugurado tendo, aliás, causado perplexidade a Cavaco Silva as coisas tão pequeninas que aquela gente se propõe estudar. Acho uma louvável iniciativa e sugiro até a criação de outros laboratórios dedicados a diversos nanomundos da vida em Portugal.
Proponho algumas áreas de investigação que me parecem pertinentes. A competência de parte substantiva da nossa classe política tem transformado a nossa vida política naquilo a que chamo o Portugal dos Pequeninos, veja-se os discursos de Alberto João, a transformação do decide sem pensar ao pensa sem decidir do Governo ao longo da legislatura, o negócio da constituição das listas, os níveis de corrupção, as oscilações dos discursos da oposição em função da contabilidade eleitoral, etc. Porque não um laboratório dedicado à investigação da nanocompetência em política desenvolvendo áreas de especialidade como a nanocoerência, a nanoseriedade intelectual, a nanodefesa do verdadeiro interesse público.
Uma outra área de investigação bem interessante e útil seria a investigação sobre a nossa nanoeficácia em múltiplas áreas que se constituiriam também como especialidades. Poderia estudar-se, por exemplo, a nanoeficácia da justiça ou a nanoeficácia do combate às desigualdades.
Assim, o Ministro Gago o entenda.

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