Creio que no Domingo à noite no Telejornal da RTP1 foi apresentada uma peça abordando a questão de durante as férias algumas pessoas precisarem de levar os seus filhos para os seus locais de trabalhos. Na introdução ficou desde logo a promessa de ouvir os especialistas. Mostraram-nos então três entusiasmados gaiatos filhos de funcionários(as) da estação que exploravam alegremente estúdios, redacção e um razoável espaço relvado onde todas as brincadeiras eram permitidas. Achei eu e os miúdos disseram que era fixe. O especialista que veio depois, um psicólogo, sustentou que seria melhor procurar outras alternativas, da muita oferta agora disponível, e que, no caso de ser necessário, se pudessem juntar mais crianças nos locais de trabalho dos pais. Imaginei, de novo, um ATL, com alguém a programar excelentes actividades que tornam excelentes os miúdos.
Fiquei a lembrar-me de quando era pequeno ter sempre uma enorme vontade de ir para o trabalho do meu pai, serralheiro na indústria naval, e de, curiosamente, também levar muitas vezes o meu filho nas suas férias para o meu local de trabalho por vontade expressa dele. Devo dizer-vos que se pudesse ia todos os dias com o meu pai, brincava com os meus amigos quando voltasse à tarde, no verão os dias são grandes e ainda se brincava na rua. Entusiasmava-me o ambiente das oficinas e o trabalho nos barcos, a jóia da coroa era o dia em que algum barco já reparado era lançado à água. Experimentem perguntar aos miúdos que conhecem se gostam de ir muitas vezes ao trabalho dos pais. Aposto que vão dizer que sim. Era bom que nós também gostássemos e pudéssemos ir muitas vezes ao trabalho deles, a escola.
É verdade que ainda não tinha sido inventada a oferta enorme que agora existe para que os miúdos não tenham tempos livres, nem a opinião dos especialistas sobre tudo e mais alguma coisa, nem os pais tinham ainda aprendido a exigir a excelência em todos os desempenhos dos seus rebentos esperando ansiosos que desde pequenos sejam cientistas, artistas e desportistas de alto nível o que os leva a transformá-los em agendas de actividades e programas.
Fiquei a lembrar-me de quando era pequeno ter sempre uma enorme vontade de ir para o trabalho do meu pai, serralheiro na indústria naval, e de, curiosamente, também levar muitas vezes o meu filho nas suas férias para o meu local de trabalho por vontade expressa dele. Devo dizer-vos que se pudesse ia todos os dias com o meu pai, brincava com os meus amigos quando voltasse à tarde, no verão os dias são grandes e ainda se brincava na rua. Entusiasmava-me o ambiente das oficinas e o trabalho nos barcos, a jóia da coroa era o dia em que algum barco já reparado era lançado à água. Experimentem perguntar aos miúdos que conhecem se gostam de ir muitas vezes ao trabalho dos pais. Aposto que vão dizer que sim. Era bom que nós também gostássemos e pudéssemos ir muitas vezes ao trabalho deles, a escola.
É verdade que ainda não tinha sido inventada a oferta enorme que agora existe para que os miúdos não tenham tempos livres, nem a opinião dos especialistas sobre tudo e mais alguma coisa, nem os pais tinham ainda aprendido a exigir a excelência em todos os desempenhos dos seus rebentos esperando ansiosos que desde pequenos sejam cientistas, artistas e desportistas de alto nível o que os leva a transformá-los em agendas de actividades e programas.
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