Era uma vez um Homem que chegou a uma terra onde ninguém o conhecia. O Homem começou aos poucos a relacionar-se com a outra gente daquela terra, não que ele fosse muito de andar sempre a falar com as pessoas, mas mostrava-se atento quando elas se dirigiam a si. Parecia interessado nas questões que as pessoas abordavam e, muitas vezes, era capaz de as ajudar a pensar e a resolver essas questões. Até começou a acontecer que quando várias pessoas estavam a discutir de forma acalorada alguma dificuldade sem vislumbrarem saída, o Homem que ouvia discretamente, discretamente pedia para falar e dava alguma ideia ou sugestão que as pessoas, sem grande resistência achavam uma boa forma de tentar resolver a dificuldade. O que era mais interessante para as pessoas, era o facto de o Homem, sem ter feito muitas perguntas, não era o seu jeito, parecer conhecê-las bem, falava para cada um da forma que cada um achava mais interessante e preocupava-se com o que parecia preocupar cada um. Havia alturas em que alguma dificuldade maior parecia crescer e o Homem, sempre com aquele ar calmo e ao mesmo tempo seguro de si, olhava para mais longe e, tranquilamente, apontava um caminho que as pessoas confiadamente aceitavam. O Homem tinha uma outra coisa de que as pessoas gostavam, por vezes, em algumas conversas ou decisões, afirmava serenamente que aquela pessoa tinha uma boa ideia e que seria interessante considerá-la. As pessoas foram-se, assim, habituando a sentirem-se bem com a companhia do Homem.
Um dia, alguém estranhou que, apesar de já o conhecerem, não se sabia o nome do Homem.
Chamava-se Líder.
Um dia, alguém estranhou que, apesar de já o conhecerem, não se sabia o nome do Homem.
Chamava-se Líder.
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