sexta-feira, 17 de julho de 2009

ENCONTREI O MAGALHÃES

Já por aqui tenho afirmado que simpatizo com o princípio de proporcionar o contacto cedo dos miúdos com as novas tecnologias sem que, obviamente, esse contacto substitua o que quer seja em termos de processos educativos, antes pelo contrário, deve integrar-se o mais naturalmente na vida dos miúdos, tal como lápis ou a escrita à mão. É óbvio que esta introdução tem a ver com o Magalhães e com um encontro de hoje. Não com a propaganda e manhosice política que tem acompanhado o Programa mas com a sua chegada a mãos pequenas que de outra forma, muitas delas, não lhe acederiam tão cedo. Pode ainda discutir-se se devem estar nas mãos dos miúdos, se na escola à disposição de todos, professores e alunos, a questão da formação dos professores para a sua adequada utilização, entre outros aspectos. Certo, acho que muito pode e deve ser discutido.
Como ia dizendo, a vida profissional levou-me a Odemira e um tempo de espera na Biblioteca Municipal permitiu-me observar uma cena curiosa. No chão da cafetaria estavam três gaiatos, um, o dono do Magalhães, com uns sete, oito anos, os outros mais novinhos entretidíssimos às voltas com a máquina, discutindo entusiasmados as incidências do jogo que desenvolviam.
Gostava de acreditar que as férias destes putos não sejam só isto, não esqueço tudo o que de muito triste, lamentável e errado tem acompanhado o Programa Magalhães, mas também me parece razoável aceitar que pode ser bom para os miúdos, para todos os miúdos.

1 comentário:

Mariana Emídio disse...

Eu também acredito que as férias de muitas crianças serão, pouco mais que o Magalhães e a playstation, o que é mau. Ainda muito haverá a referir acerca do Magalhães, mas julgo que uma das medidas deveria ser, precisamente, os pais/encarregados de educação serem elucidados, pelos docentes, acerca da forma correcta do uso do computador pelos seus filhos/educandos. Por outro lado, e que eu saiba, também não foi disponibilizada (in)formação neste âmbito.
Enfim...