quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O REGRESSO

Através de uma porta pequena Cavaco Silva saiu da actividade política. Hoje, também por uma porta pequena, o aparelhismo jotista, regressou à actividade política. Nada de novo, sem surpresa.
Cavaco Silva foi o cidadão como uma mais longa e relevante carreira política em Portugal depois de 1974. Sempre se apresentou como um não político e com um discurso arrogante pequenino face à política. Considerou-se sempre acima dos "mesquinhos" interesses da classe "política". Um fado conhecido da Manuela de Freitas e cantado por José Mário Branco diz, "canta com aquilo que és, só podes dar o que é teu". Cavaco Siva sempre quis dar o que não era seu, a visão a clarividência, a seriedade política e intelectual, a isenção face aos interesses partidários.
Cavaco Silva sempre agiu com o que era seu, a pequenez autocentrada, a arrogância, a defesa clara dos políticos e das ideias" amigas", uma máscara mal composta de Homem acima dos homens. A sua intervenção de hoje, segundo o que li na imprensa mantém um elevado grau de coerência.
Partiu sem saudades, sem peso, sem grandeza.
Este regresso confirmou-o.

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