O campeonato de futebol tem hoje
a sua "rentrée", por assim dizer, com um Desportivo das Aves-Sporting
e Vitória de Setúbal-Moreirense. Apesar da final da Supertaça ontem disputada,
agora é que é.
No entanto, a minha paixão pelo
futebol vai resistindo mal aos tratos que a modalidade vai recebendo. São
recorrentes e progressivamente mais radicalizados e incendiários os
comportamentos e discursos que a envolvem para além da componente negócio que
também desempenha um papel importante no clima criado.
Não será improvável, antes pelo
contrário, que tenhamos mais episódios graves fruto da irracionalidade e do
ambiente de hostilidade e ódio instalado.
A mediocridade da generalidade
dos dirigentes produz discursos e comportamento que inflamam muitos dos
apoiantes, apoiam e organizam as suas actividades. Servem-se deles para os
jogos de poder e devem-lhes isso. As direcções, os seus discursos,
comportamentos e decisões são parte do problema, provavelmente não conseguirão,
quererão ou poderão ser parte da solução.
É um mundo onde não existem
santos e pecadores. Talvez a bola seja o elemento mais são deste universo
apesar de tantas vezes também ser maltratada.
Já dificilmente me mobilizo para
ir a um estádio, não consigo assistir aos milhentos programas televisivos onde
opinadores avençados, salvo algumas raras excepções, vão papagueando agendas
encomendadas e se envolvem em obscenas trocas de mimos e boçalidades que são
mais um alimento para o clima instalado.
O problema é que não consigo não
continuar fascinado com esse jogo estranho chamado futebol. Por isso me
inquieta tudo isto.
Não sendo novidade a cor da minha
alma futebolística gostava que este campeonato terminasse com o mesmo resultado
do anterior. Que me desculpem os muitos amigos adeptos de outras camisolas.
Deixem lá ver, como diz o Velho
Marrafa.
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