Gostei de ler o texto de Ana
Sousa Dias no DN, “Do sorriso de Fehér”, sobre a imprensa, designadamente, os
directos televisivos em situações de tragédia.
Na verdade, regularmente nos deparamos
com práticas e discursos de um sentido ético e deontológico miserável, de um
baixo nível de competência, de um despudor e desrespeito por pessoas e
sentimentos que nos insultam. Tudo isto estará certamente ligado a uma luta
selvagem por audiências na qual vale (quase) tudo.
Como é evidente não está de todo
a causa a liberdade de informação e de opinião bem como o papel insubstituível
da imprensa como um dos pilares das sociedades abertas e democráticas.
Estão em causa os critérios
editoriais e o sentido ético da missão de informar e formar.
Os tempos mais recentes têm sido
particularmente elucidativos. Boa parte dos conteúdos jornalísticos na imprensa
…não é jornalismo, por vezes é mesmo um insulto à inteligência e sensibilidade
de muitos de nós embora, são produtos tóxicos, fazem mal.
No entanto, tenho que o admitir, esse
lixo vende e o “mercado” é sagrado. Por outro lado, sublinho que é também pela forma como
estão no "mercado" que os bons jornalistas e órgãos da comunicação social se
distinguem.
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