O Sindicato dos Jornalistas propôs
ao Ministério da Educação uma parceria para desenvolver em sete escolas um
projecto-piloto sobre “literacia mediática no ensino secundário".
O Projecto que que contará com o
patrocínio do Presidente da República terá como objectivo, entre outros, mostrar junto dos
mais novos a relevância do jornalismo pois “as novas gerações têm dificuldade
em destrinçar o que é jornalismo do que não é”.
Considerando os tempos que vamos
vivendo no universo da comunicação social e o baixo consumo dos "media" em Portugal a iniciativa parece
extraordinariamente pertinente.
Julgo mesmo que deveria ter também como destinatária a própria classe dos jornalistas pois muita gente considerada como tal parece
ter uma enorme “dificuldade em destrinçar o que é jornalismo do que não é”.
Como é evidente não está de todo
a causa a liberdade de informação e de opinião bem como o papel insubstituível da imprensa como um
dos pilares das sociedades abertas e democráticas. No entanto, todos os dias
nos deparamos com práticas e discursos de um sentido ético e deontológico
miserável, de um baixo nível de competência, frequentemente ao serviço de agendas mais ou menos explícitas e numa luta selvagem
por audiências em que vale (quase) tudo. Os tempos mais recentes têm sido particularmente elucidativos.
E não, boa parte dos conteúdos
jornalísticos na imprensa …não é jornalismo, por vezes é mesmo um
insulto à inteligência e sensibilidade de muitos de nós embora, tenho que o
admitir, possa ser do agrado de outros de nós.
Como sempre é uma questão de
escolha, o que se serve, como se serve, quem se serve, por que razão se serve, entre outros
critérios.
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