As notícias diárias sobre as
eleições autárquicas recordam-me com demasiada frequência do nosso jogo de
infância a dança das cadeiras. Vamos andando pela sala ouvindo música e quando
ela se cala cada um tenta encontrar uma cadeira, o que não conseguir sai do
jogo e retira-se uma cadeira prosseguindo até encontrar o vencedor.
No entanto, esta versão grotesca
para adultos tem outras regras, vale tudo por assim dizer, atropelam-se para se colocarem melhor posicionados à partida, roubam as cadeiras, mudam de lugar o jogo conforme a conveniência, insultam-se,
empurram-se e ameaçam-se pela posse da cadeira, apelam à ajuda dos amigos e dos
padrinhos para conseguir a cadeira, etc.
Passado algum tempo, quatro anos,
tudo recomeça com os mesmos jogadores, os mesmos comportamentos.
É assim boa parte da política
no Portugal dos Pequeninos.
1 comentário:
E os pequeninos sem réstia de vergonha continuam a candidatar-se ou a recandidatar-se!
E o povo acompanha o andor....
Viva!
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