Se existe em Portugal uma marca característica da nossa vida política é a baixa confiança que o cidadão comum tem na
classe política quando comparada com outros grupos. Se atentarmos em sucessivos e recentes trabalhos percebe-se que a classe é regularmente das que merece menos confiança e
credibilidade.
É verdade que a classe, em
Portugal mais conhecida pelos “gajos”, bem se esforça para não perder esse
privilégio, a mais absoluta falta de confiança dos seus concidadãos,
estranhamente, os seus eleitores. De entre os “gajos”, o povo tem especial
apreço pelas virtudes dos deputados, trabalhadores, intervenientes, uma vida de
sacrifícios, horários arrasadores, artroses e problemas de coluna de tanto levantar e sentar para intervenções e de se dobrar face à orientação do líder e problemas nos dedos de tanto carregar nos botões e nas teclados, problemas das cordas vocais pelas frequentes intervenções que todos
fazem, reformas miseráveis, insultos dos colegas de outras bancadas, etc., etc.
Existem evidentemente em todas as bancadas alguns “gajos” que são percebidos
como não sendo como os outros “gajos” mas … alguém vira sempre dizer, “os gajos”
são todos iguais.
Eu sei que haverá por aqui uma ponta
de demagogia e populismo mas … sinais dos tempos.
Vem esta introdução a propósito
da divulgação das faltas dos deputados.
E no fundo, quem nunca faltou
porque … não lhe apeteceu ir aturar os “gajos” lá no emprego que tem.
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