O meu bom amigo Professor David
Rodrigues tem hoje no Público um texto em que valoriza a realização dos Jogos Paralímpicos,
“Paralímpicos, paratotós” e comenta o
inaceitável ponto de vista do jornalista Joaquim Vieira que os considerou um “espectáculo
grotesco” e um “número de circo”.
Sobre as afirmações de Joaquim Vieira já disse o que tinha a dizer e com o povo diz “não vale a pena gastar mais cera com tão ruim
defunto”. No entanto não esqueço a insensibilidade ética e moral da sua opinião.
Sobre a importância dos Jogos
Paralímpicos subscrevo, naturalmente, a sua valorização.
No entanto e conforme também já
disse e escrevi, continuo a afirmar que espero o dia em que tenhamos apenas
Jogos Olímpicos em que todos as provas, de todos os desportistas, se realizem
no mesmo espaço de tempo e nos mesmos espaços físicos de acordo, evidentemente,
com as exigências específicas.
Não é impossível em termos de organização
e assim como não consigo aceitar que uma piscina pública seja frequentada por um
grupo de pessoas com deficiência em “horário próprio” com "pistas reservadas", também acho que as pessoas, todas as
pessoas, podem competir num mesmo evento nas respectivas provas.
Lembro-me sempre da afirmação de
Biesta, a história da inclusão é a história da democracia e, do meu ponto de vista, também passa por
aqui.
Só depende de nós.
Sim, eu sei, é um sonho olímpico.
Será, mas não é seguramente Paralímpico
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