A lida de hoje está tão carregada
que o tempo para inventar é curto.
Num tempo em que os professores e
o seu trabalho, por boas e más razões, está sob permanente escrutínio, permitam-me recuperar uma história velha que aqui já tinha poisado.
Um dia, numa escola de miúdos
pequenos, começa a ouvir-se ao longe o ruído da trovoada, os miúdos vão
prestando atenção e a ganhar alguma inquietação à medida que se aproximava
aquele barulho profundo. Para maior impacto a trovoada chegou mesmo pertinho.
Todos estavam assustados e o
Nelson então, estava mesmo com medo. A professora tentou aquietar aquela
aflição o que aconteceu. É certo que o afastamento da trovoada foi um forte
contributo para o sucesso da sua acção.
Algum tempo depois, a mãe do
Nelson contou à professora que uma noite, de novo, a trovoada veio de longe e à
medida que se aproximava o Nelson ia ficando mais assutado.
A mãe tentou ajudar e acalmar mas
o Nelson pediu, “Mãe, telefona à minha
professora, ela é que sabe de trovoadas”.
Gosto de acreditar que os professores,
na sua totalidade (ou quase), são percebidos pelos miúdos como pára-raios para
as trovoadas que a vida lhes coloca por cima, não as evitam mas ajudam a
proteger e a entendê-las.
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