segunda-feira, 26 de setembro de 2016

DO RECRUTAMENTO DE PROFESSORES

O Presidente do CNE, Professor David Justino, num curtíssimo espaço de tempo volta a eleger os professores com peças fundamentais da qualidade da educação preocupando-se com a sua … qualidade, ou melhor, a falta dela. “Os actuais critérios de seriação e recrutamento dos candidatos garantem a qualidade e o mérito dos novos profissionais? Não o cremos", entende David Justino referindo a ordenação dos professores em função da média de curso e anos de experiência.
Mais acrescenta que dado o envelhecimento da classe e a consequente retirada de muitos professores poderá ter-se uma oportunidade de seleccionar os melhores.
Na verdade, a base de recrutamento é grande, milhares de professores foram empurrados para fora do sistema ou continuam fora da carreira não porque não sejam necessários mas fruto de políticas educativas de natureza contabilística assentes na ideia de que cortar despesa produz melhoria de resultados.
Duas notas breves, de uma forma correcta ou não, é o que está em vigor e trata-se de uma outra questão, muitos destes docentes fora da carreira têm prática avaliada e muitos anos de experiência apesar disto, sim é verdade, só por si não garantir qualidade.
Por outro lado, importa reafirmar que o recrutamento e selecção de docentes não pode assentar num dispositivo que não envolva a avaliação de práticas, modelo seguido em muitos países.
A sinistra PACC mais não foi que uma página negra e humilhante na história da educação em Portugal.
Nenhuma prova, finita, curta e que não envolva o trabalho educativo pode avaliar a qualificação de um professor para leccionar considerando conhecimentos científicos, didácticos ou pedagógicos.

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