Gostei de ler o texto de José
Vítor Malheiros, “A globalização, o proteccionismo, o Pingo Doce e o prego no caixão”.
“ (...) Em teoria, a liberalização do comércio mundial promove a adopção das
técnicas de produção mais eficientes, o progresso económico e a evolução
tecnológica. São esses os argumentos em defesa do “mercado livre” e de crítica
do proteccionismo. Na prática, porém, a guerra ao proteccionismo tem outras
consequências: em muitos casos, os produtos mais baratos não o são por serem
produzidos de forma mais eficiente mas apenas porque a sua produção não
respeita a protecção dos trabalhadores (salários, segurança, saúde) nem a
defesa do ambiente e, assim, o efeito que exercem nos mercados onde são
vendidos traduz-se numa pressão para a redução local dos direitos humanos e da
protecção do ambiente. Um retrocesso em vez de um progresso. (...)”
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