sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A SÍNDROME DE BRAGANÇA

Por um qualquer desconhecido desígnio o Distrito de Bragança tem 10% dos casos de docentes com colocação especial por doença, de 4160 pedidos aceites pelo ME, 438 são neste distrito.
Uma forma estranha de doença do território não serve para explicar esta Síndrome que, aliás, tende a agravar-se, o número de casos aumentou 20% relativamente a 15/16. Existem outros distritos em regiões interiores que, felizmente para todos, contam com um corpo docente mais saudável até, imagino eu, do ponto de vista ético.
Em 4/8/2015 escrevi:

(…) Também estou deveras inquieto com a recorrente e preocupante Síndrome de Bragança, um quadro clínico que afecta anualmente centenas de professores ou familiares e que assim, contra sua vontade e contra a vontade dos médicos que comprovam o problema de saúde, se vêem obrigados a pedir destacamento para escolas mais perto da sua residência ou da família. Esta situação de saúde leva a que alguns professores mais graduados não acedam a lugares preenchidos pelos seus colegas com familiares adoentados.
Todos os anos o número de professores nesta situação no distrito de Bragança é bastante elevado o que solicita alguma investigação das autoridades de saúde no sentido de perceber a estranha epidemia.
Rápidas melhoras, um desejo enviado aqui de longe.”

Na realidade, a situação não melhorou como, pelo contrário, se agravou e a situação continua inquietante.
De novo, um sincero voto de boas melhoras para os docentes de Bragança e das respectivas famílias.
É por questões desta natureza que, provavelmente, não conseguiremos construir um modelo perfeito para colocação de professores. A tentação do "desenrascanço" é grande e a garantia de transparência, equidade e justiça parece impossível. 
Será destino? 
Será cultura?

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