Por um qualquer desconhecido
desígnio o Distrito de Bragança tem 10% dos casos de docentes com colocação especial
por doença, de 4160 pedidos aceites pelo ME, 438 são neste distrito.
Uma forma estranha de doença do
território não serve para explicar esta Síndrome que, aliás, tende a
agravar-se, o número de casos aumentou 20% relativamente a 15/16. Existem
outros distritos em regiões interiores que, felizmente para todos, contam com
um corpo docente mais saudável até, imagino eu, do ponto de vista ético.
Em 4/8/2015 escrevi:
“ (…) Também estou deveras inquieto com a recorrente e preocupante
Síndrome de Bragança, um quadro clínico que afecta anualmente centenas de
professores ou familiares e que assim, contra sua vontade e contra a vontade
dos médicos que comprovam o problema de saúde, se vêem obrigados a pedir
destacamento para escolas mais perto da sua residência ou da família. Esta
situação de saúde leva a que alguns professores mais graduados não acedam a
lugares preenchidos pelos seus colegas com familiares adoentados.
Todos os anos o número de professores nesta situação no distrito de
Bragança é bastante elevado o que solicita alguma investigação das autoridades
de saúde no sentido de perceber a estranha epidemia.
Rápidas melhoras, um desejo enviado aqui de longe.”
Na realidade, a situação não
melhorou como, pelo contrário, se agravou e a situação continua inquietante.
De novo, um sincero voto de boas
melhoras para os docentes de Bragança e das respectivas famílias.
É por questões desta natureza que, provavelmente, não conseguiremos construir um modelo perfeito para colocação de professores. A tentação do "desenrascanço" é grande e a garantia de transparência, equidade e
justiça parece impossível.
Será destino?
Será cultura?
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