Para este mês o tema escolhido
pelos autores do manifesto Pela Escola Pública é o concurso de professores.
Apesar de algumas décadas a
trabalhar no universo da educação não tenho o conhecimento e a informação
adequada para tecer algumas considerações pertinentes sobre este complexo
universo.
Tenho mais presentes os efeitos
múltiplos e muitas vezes gravosos de um processo que não deveria decorrer como
decorre e há tempo demais. Também me parece que é difícil isolar a questão da
colocação de de outras dimensões como, por exemplo, a autonomia das escolas.
Não querendo, no entanto, colocar-me
de fora da reflexão até porque entendo que muitos dos problemas dos professores são também
problemas de toda a gente apenas partilho o que talvez seja um sonho
impossível.
A colocação de professores
deveria conciliar uma gestão integrada dos recursos docentes com a autonomia real
das escolas.
A colocação dos professores
deveria garantir equidade, justiça e transparência.
A colocação de professores
deveria estar ao serviço da estabilidade do funcionamento das escolas e não um
contributo para a instabilidade.
A colocação de professores
deveria ocorrer segundo um calendário que permitisse, de facto, que cada ano
lectivo começasse com verdadeira normalidade e não a normalidade todos os anos afirmada
e nunca verificada.
A colocação de professores deveria
ter dispositivos de regulação e escrutínio que lhe garantissem independência,
competência e rigor.
A colocação de professores
deveria ser um processo com carga burocrática mínima e eficiência máxima.
A colocação de professores
deveria ser também um contributo para a valorização da classe docente.
Será mesmo um sonho impossível?
Não seremos capazes de fazer
melhor?
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