Não discutindo por agora as
medidas de política educativa contidas no Orçamento Geral do Estado em
discussão e olhando apenas para o retrato global releva a continuidade do
desinvestimento na educação ainda que inferior ao acontecido no Governo
anterior. Mau sinal.
Uma das rubricas que mais cresce
na proposta de orçamento do ME é o apoio ao ensino privado. Mau sinal.
Depois de ter sido anunciada a
realização de uma cuidadosa avaliação dos contratos de associação e da
averiguação da capacidade de resposta no ensino público, atribuir desde já um
crescimento significativo no apoio aos estabelecimentos de ensino privado
parece algo pouco claro. Ou é mesmo claro que se trata de opção?
Esperemos, portanto, pela
clarificação e conteúdos das medidas anunciadas como por exemplo a criação de
um Programa de Educação e Formação de Adultos, o desenvolvimento de um Programa
Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, a universalização da educação
pré-escolar dos três aos cinco anos, a revisão curricular no ensino básico, a
generalização da Escola a Tempo Inteiro em todo o ensino ou o Programa de
Desenvolvimento do Ensino Artístico Especializado.
Importa também perceber a
anunciada mudança em matéria de recrutamento e vinculação dos docentes e o
caminho a seguir no âmbito da transferência de competências para as autarquias
nos ensinos básico e secundário.
No entanto, continuo a pensar
como tantas vezes afirmo que em educação não existe despesa existe
investimento. Sendo certo que importa combater o desperdício e ser cauteloso no
acessório, não se percebe muito bem como continuando a cortar nos ovos, só em
alguns porque os ovos para os privados são mais, se farão omeletes de
qualidade.
A ver vamos.
1 comentário:
Afinal em que ficamos?
Cortes na escola pública e mais dinheirinho para o privado?
Mais uma desilusão?
Não estou a gostar...
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