A Associação de Estabelecimentos
de Ensino Particular e Cooperativo que amanhã estará na numa audição com a
Comissão de Educação e Cultura da Assembleia da República divulgou hoje à
imprensa a defesa do financiamento a estes estabelecimentos mesmo
quando na mesma zona existe capacidade de resposta em escolas públicas.
Como se sabe, dado o carinho de
Nuno Crato pelo ensino privado, desde 2013 que tal possibilidade tem
enquadramento legal.
Não fiquei surpreendido pela defesa
deste financiamento por parte da AEEP.
O que verdadeiramente me deixou
perplexo foi o argumento. Imaginem que o Estado deve financiar o funcionamento
de estabelecimentos privados quando existe resposta pública em nome da
liberdade de escolha das famílias.
A sério?! Eu pensava que a defesa
deste financiamento seria em nome do negócio. Mas não. É em nome de uma coisa
falaciosa a que chamam de liberdade de educação.
Parece-me natural que queiram ver
protegidos os seus negócios e interesses mas meus caros, poupem-nos à ideia de
que o fazem nome da liberdade de escolha.
Reafirmo que me parece
absolutamente necessária a existência de um subsistema de ensino privado até como
forma de regular a própria escola pública e para que, de facto, existam opções.
Mas o que não me parece defensável é que a sua existência seja financiada com
dinheiros públicos ao mesmo tempo que se tem verificado desinvestimento na
educação e ensino público.
Assim não.
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