segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

DA QUALIDADE DO EMPREGO

No DN encontra-se a referência a um estudo da OCDE sobre a qualidade do emprego realizado em 34 países. No estudo consideraram-se as variáveis, taxas de emprego, o desemprego de longa duração, a segurança laboral e ainda o "medo de perder o emprego" e a remuneração média entre aqueles que estão empregados.
Os resultados são elucidativos. Portugal é o quarto pior classificado depois da Grécia, Espanha, e Turquia.
Para além da evidência de serem países do sul os pior classificados no índice de qualidade do emprego, os preguiçosos e improdutivos países do sul da Europa, estes dados mostram o resultado de uma opção política obediente ao diktat dos mercados e dos seus gestores, “troika”, FMI, as economias fortes do norte e centro da Europa que proletarizaram a nossa economia e o nosso mercado de trabalho.
A preocupação quase exclusiva com o abaixamento dos custos do trabalho através do aumento da carga horária, da precariedade e do abaixamento de salários ou a contínua exigência de “flexibilização” das leis laborais mostram que não podem ser a forma mais eficaz de promover desenvolvimento, riqueza e criação de emprego.
Creio que está claro que a proletarização da economia e o empobrecimento das famílias e precarização dos seus rendimentos não podem ser a base para o desenvolvimento e promoção de coesão social.
Desculpem lá falar destas coisas nuns dias em que é suposto afivelarmos umas máscaras de contentamento e felicidade mas, por isso mesmo, é Carnaval … ninguém leva a mal.

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