No DN encontra-se a referência a
um estudo da OCDE sobre a qualidade do emprego realizado em 34 países. No estudo
consideraram-se as variáveis, taxas de emprego, o desemprego de longa duração,
a segurança laboral e ainda o "medo de perder o emprego" e a
remuneração média entre aqueles que estão empregados.
Os resultados são elucidativos.
Portugal é o quarto pior classificado depois da Grécia, Espanha, e Turquia.
Para além da evidência de serem países
do sul os pior classificados no índice de qualidade do emprego, os preguiçosos
e improdutivos países do sul da Europa, estes dados mostram o resultado de uma
opção política obediente ao diktat
dos mercados e dos seus gestores, “troika”, FMI, as economias fortes do norte e
centro da Europa que proletarizaram a nossa economia e o nosso mercado de
trabalho.
A preocupação quase exclusiva com
o abaixamento dos custos do trabalho através do aumento da carga horária, da
precariedade e do abaixamento de salários ou a contínua exigência de “flexibilização”
das leis laborais mostram que não podem ser a forma mais eficaz de promover desenvolvimento,
riqueza e criação de emprego.
Creio que está claro que a
proletarização da economia e o empobrecimento das famílias e precarização dos
seus rendimentos não podem ser a base para o desenvolvimento e promoção de
coesão social.
Desculpem lá falar destas coisas
nuns dias em que é suposto afivelarmos umas máscaras de contentamento e
felicidade mas, por isso mesmo, é Carnaval … ninguém leva a mal.
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