Compromissos de Crato levam a aumento das dotações para os colégios em 2016
O Ministério da Educação justifica o aumento verificado
na proposta de OGE da verba destinada aos apoios aos estabelecimentos
de ensino privado com os compromissos assumidos pela equipa de Nuno Crato na
sua muito clara política de protecção aos interesses dos negócios da educação.
Como já afirmei esta opção,
aumento das verbas públicas para o ensino privado ao mesmo tempo que diminui o
investimento a escola pública, não me parece um bom sinal pois até tinha sido
anunciada intenção de analisar criteriosamente os contratos de associação e o
número de turmas consideradas avaliando a capacidade de resposta das escolas
públicas existentes nas mesmas zonas geográficas cobertas pelos colégios.
A justificação com os encargos
anteriores parece-me uma má desculpa e uma manifesta cedência aos negócios da
educação pois o ME já alterou, do meu ponto de vista bem ainda que que não da
melhor forma, várias medidas tomadas pela anterior equipa e anunciou a intenção
de mudar vários outros aspectos.
O argumento dos compromissos
anteriores é de geometria variável e usado ao sabor de interesses de conjuntura,
de agenda ou da falta de coragem para bulir com negócios instalados e com peso,
muito peso, político.
Era melhor que assim não fosse.
2 comentários:
No dia 8 de Fevereiro publiquei este comentário:
"Afinal em que ficamos?
Cortes na escola pública e mais dinheirinho para o privado?
Mais uma desilusão?
Não estou a gostar..."
O seu texto reforça e concretiza assertivamente as minhas dúvidas.
Negócios!
A rapaziada continua a ir ao pote!
Vamos ver como evolui, José Carlos
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