O FMI vem levantar uma série de
dúvidas face às previsões contidas na proposta do OGE para 2016.
É, no mínimo, de um enorme despudor vir com
este tipo de apreciações quando em Relatório de Dezembro de 2015 assumiu a
falha das políticas de austeridade justamente por questões de previsão e
avaliação de impactos. Também em várias outras ocasiões o FMI assumiu falhas
nas suas previsões e modelos.
Como é evidente, este
comportamento intelectual e politicamente desonesto, não surpreendente, aliás, do
FMI, não invalida a necessidade de um Orçamento Geral de Estado competente e
realista.
Por outro lado e ao que parece
pode vir a concretizar-se um acordo com a Comissão Europeia o que, obviamente,
decepcionará muitos abutres incluindo alguns que falam português.
A acontecer este acordo cai
definitivamente a ideia do TINA “- There Is No Alternative. As políticas duras
de austeridade que esqueceram pessoas, famílias e pequenas empresas, promoveram
desigualdade, pobreza e exclusão foram uma escolha política, não eram um caminho
único.
Joseph Stiglitz, Nobel da
Economia em 2001, afirmou há dois meses na Gulbenkian isso mesmo, o resultado
destas opções por políticas de austeridade foram a desigualdade e a pobreza.
Afinal … havia outra. Havia e há
outra política possível, Talvez ainda estejamos a tempo.
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