quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

AFINAL HAVIA OUTRA

O FMI vem levantar uma série de dúvidas face às previsões contidas na proposta do OGE para 2016.
É, no mínimo, de um enorme despudor vir com este tipo de apreciações quando em Relatório de Dezembro de 2015 assumiu a falha das políticas de austeridade justamente por questões de previsão e avaliação de impactos. Também em várias outras ocasiões o FMI assumiu falhas nas suas previsões e modelos.
Como é evidente, este comportamento intelectual e politicamente desonesto, não surpreendente, aliás, do FMI, não invalida a necessidade de um Orçamento Geral de Estado competente e realista.
Por outro lado e ao que parece pode vir a concretizar-se um acordo com a Comissão Europeia o que, obviamente, decepcionará muitos abutres incluindo alguns que falam português.
A acontecer este acordo cai definitivamente a ideia do TINA “- There Is No Alternative. As políticas duras de austeridade que esqueceram pessoas, famílias e pequenas empresas, promoveram desigualdade, pobreza e exclusão foram uma escolha política, não eram um caminho único.
Joseph Stiglitz, Nobel da Economia em 2001, afirmou há dois meses na Gulbenkian isso mesmo, o resultado destas opções por políticas de austeridade foram a desigualdade e a pobreza.
Afinal … havia outra. Havia e há outra política possível, Talvez ainda estejamos a tempo.

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