segunda-feira, 24 de agosto de 2015

DOS CONTRATOS DE ASSOCIAÇÃO

Há 651 novas turmas de colégios que serão financiadas pelo Estado

É uma questão de perspectiva e a do Ministro é clara, a associação dos dinheiros públicos aos negócios privados da educação.
Em muitas circunstâncias os contratos de associação serão definidos em comunidades cujas escolas públicas possuem capacidade de resposta para os alunos apesar dos esforços do MEC para lhes retirar recursos, docentes e funcionários. 
Com o novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo já nem a desculpa da inexistência de resposta pública é exigida para que sejam subsidiados estabelecimentos privados em nome da designada "liberdade de escolha" que mais não é que o financiamento público de entidades privadas.
São assim os negócios da educação. É de registar que neste número se incluem 50 turmas dos cinco colégios do grupo de ensino GPS que foram alvo de um processo do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, por suspeita de apropriação ilícita de verbas transferidas pelo Estado. 
Queirós e Melo, director-executivo da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo, entende que esta expansão e a intenção expressa no Programa da coligação PSD/CDS-PP de incrementar os contratos de associação com os colégios lhes dará “uma expressão sistémica e não apenas um carácter residual, como agora é o caso”. 
Elucidativo de um caminho claro de construção de um sistema educativo a duas velocidades, público e privado. 

2 comentários:

Unknown disse...

Mai nada, assim vai i investimento na educação.

Anónimo disse...

a autora esqueceu-se de referir que quem diz que as escolas estão sob investigação é a FENPROF e que o artigo é de 2015