No Público encontra-se a história
de um homem com a mais improvável das profissões, é homem-bala e desempenha a
sua extraordinária profissão no Circo Mundial.
O universo do Circo, creio que um dos últimos
refúgios de algum romantismo, continua, apesar das mudanças significativas, a atrair
as pessoas designadamente os miúdos.
Ao que parece, Ruben Mariani, o
homem-bala, é o único homem-bala português, o que não significa coisa pouca deve dizer-se.
Anda assim de terra em terra no Circo da família,
transportando consigo um enorme canhão que através de um dispositivo hidráulico
o dispara a 200 km hora para um voo de 30 metros para cima de uma rede onde,
vistosamente, aterra com um mortal pelo meio.
Começou a sua carreira após a
partida de um estrangeiro que assegurava o apreciadíssimo “número” de
homem-bala no Circo da família. Aliás, Ruben Mariani é ainda palhaço, técnico
de som e luzes,além de outras tarefas.
Numa entrevista televisiva a que
em tempos assisti o homem-bala afirmava o orgulho e o risco da sua profissão,
esperando um dia atingir um recorde que figure no incontornável Guiness World
Records. Por mim merece e, só por existir, já devia constar.
Desse trabalho televisivo recordo
também o fascínio e a perplexidade com que algumas crianças inquiridas viram a
actuação do homem-bala, mostrando-se encantadas e com aquele brilho mágico nos
olhos e nas falas.
É assim o encantamento do
circo que ainda persiste e acolhe um homem-bala, o único homem-bala português,
a mais improvável das profissões.
É sempre com alguma perplexidade
que olho para estas vidas, as vidas do circo, por exemplo.
Deve ser também por isso que o
circo fascina os miúdos, retira-os, retira-nos durante uns minutos do outro
circo, o circo de feras, em que nos movemos e que temos para lhes oferecer.
Obrigado ao Ruben.
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