No conjunto de trabalhos que o Público tem vindo a apresentar comparando em algumas áreas a realidade portuguesa com a de outros países com experiências positivas nessa áreas hoje trata-se da estimulante questão dos impostos.
É apresentada a situação da Dinamarca cujo sistema fiscal é amigável para o cidadão, é percebido como de confiança e justo. A cultura cívica leva a que a fuga ao pagamento de impostos seja entendida como uma significativa falha grave no domínio da cidadania e mal aceite entre as pessoas.
Claro que a enorme distância, em múltiplos sentidos, entre a Dinamarca e Portugal torna impossível estabelecer comparações mas quero acreditar que não seja uma fatalidade lidar com um sistema fiscal que olha o cidadão como um potencial delinquente e o cidadão percebe o sistema como um carteirista de quem importa fugir.
Não é impossível combater a evasão e a fraude fiscal como não é impossível um sistema fiscal mais justo, mais confiante no cidadão, menos "agressivo" na relação com o contribuinte, mais preocupado com a justiça e coesão social.
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