terça-feira, 25 de agosto de 2015

CAMPANHAS ELEITORAIS LOW COST. SIM, MAS NÃO EXAGEREM

Trata-se sem dúvida de uma decisão interessante e oportuna mas, devo confessar, que esta opção por campanhas low cost me levanta algumas inquietações.
Não sei como se reflectirá nas acções e materiais das campanhas esta redução de custos mas consideremos algumas iniciativas mais habituais.
Talvez seja reduzida a utilização de outdoors, são caros e em termos estéticos alguns, valha-nos Deus, pelo que a redução é positiva mas, por outro lado, custa-me ver milhares de rotundas sem as promessas que em todas as campanhas são feitas, quase sempre, com as mesmas caras e chavões. Também é verdade que o arranque na utilização dos cartazes não foi particularmente feliz, por assim dizer.
Uma outra forma de economizar poderia ser a reciclagem dos tempos de antena de campanhas anteriores. Em muitos discursos de muita gente, não há novidades, é o que se convencionou designar por cassete.
No entanto, embora simpatize com campanhas eleitorais low cost acho que é preciso ter alguma cautela e não exagerar.
Por favor, peço encarecidamente aos responsáveis partidários pelas campanhas que não cortem na distribuição das esferográficas, sacos e bonés que são tão úteis e esclarecores politicamente. Além disso são extremamente atraentes e para conseguir alguns exemplares somos até capazes de criar conflitos.
Agradeço ainda que não cortem aqueles megacomícios em que é preciso trazer gente de fora. Nós portugueses apreciamos uma viagenzinha de borla mesmo que tenhamos que dar vivas a um partido e agitar uma bandeira. Sempre espairecemos um bocado das agruras da vida.
Finalmente, solicito encarecidamente que não deixem de organizar uns almocinhos ou jantares de campanha que são deliciosos e baratos. É certo que variam entre o bacalhau com natas, a carne assada e os bifinhos com cogumelos, uma vedeta musical e ainda levamos com os discursos, apesar de, por vezes, aparecer uma “vedeta” da canção. Bom, mas também temos que fazer algum sacrifício, o preço compensa.
Vamos ver como correm então as campanhas eleitorais low cost. E, sobretudo, como acabam.

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