terça-feira, 4 de agosto de 2015

NOTAS DE LONGE

Apesar de longe mantém-se a inquietude. Umas notas relativas a fogos, à preocupante situação de tantos professores de Bragança com familiares adoentados e a uma guerra de números entre governo e o resto do mundo.
Nesta altura do ano é impossível fugir à tragédia dos fogos florestais. Discutem-se meios e recursos, estratégias e organização, discutem-se causas e consequências e assistimos a patéticos directos televisivos que deveria ser bastante mais contidos e reflectidos.
Talvez fosse de discutir o nicho de mercado que os fogos florestais alimentam em diferentes frentes, para utilizar um termo próprio e relembra um velho ditado espanhol, "os fogos florestais combatem-se no inverno.
Também estou deveras inquieto com a recorrente e preocupante Síndrome de Bragança, um quadro clínico que afecta anualmente centenas de professores ou familiares e que assim, contra sua vontade e contra a vontade dos médicos que comprovam o problema de saúde, se vêem obrigados a pedir destacamento para escolas mais perto da sua residência ou da família. Está situação de saúde leva a que alguns professores mais graduados não acedam a lugares preenchidos pelos seus colegas com familiares adoentados.
Todos os anos o número de professores nesta situação no distrito de Bragança é bastante elevado o que solicita alguma investigação das autoridades de saúde no sentido de perceber a estranha epidemia.
Rápidas melhoras, um desejo enviado aqui de longe.
A imprensa também faz eco da guerra de números entre o governo e outros actores políticos sobre os números relativos ao desemprego ou a impostos. Os números torturam-se despudoradamente para dizerem o que cada qual quer dizer, uns mais próximos outros mais longe da realidade. Quando um dia se perceber que a questão central deve ser Pessoas e não os números onde querem encerrar as pessoas, talvez o mundo fique um pouco melhor.

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