Sobre esta questão elaborei um
texto a sair na imprensa que aqui colocarei quando for publicado.
Por agora, uma pequena nota para considerar
que esta subida exponencial do número de alunos considerados com NEE apoiados nas
escolas parte de um número de alunos apoiados em 2010/2011 que é “mentiroso”, por assim dizer.
Na verdade, por imposição desde 2008
de um filtro chamado "elegibilidade" de natureza muito discutível, como aqui refiro frequentemente, para
permitir o acesso de alunos com dificuldades a apoios e recursos, o número de
alunos com apoio era muito menor do que o número de alunos que necessitavam e
das estimativas de necessidades com base em critérios internacionalmente
aceites.
Nesta situação, por pressão dos
professores e pais confrontados com muitos alunos a necessitar de ajuda começou
a verificar-se progressivamente que, mesmo com os normativos desfavoráveis que
filtravam o acesso a apoios, as escolas foram tentando com os recursos
disponíveis providenciar algum tipo de ajuda.
Esta iniciativa que se verificou
em muitas escolas será, seguramente, um contributo para explicar esta subida
fortíssima do número de alunos com NEE em apoio nas escolas portuguesas.
No entanto, para além dos efeitos
da extensão da escolaridade obrigatória existem ainda outros aspectos a que
voltarei depois da publicação do texto.
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