quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PEDIDO DE DESCULPA OU PEDIDO DE DEMISSÃO

"Pais lamentam que Outubro comece com "muitos milhares de alunos sem alguns professores""

A situação que se vive em boa parte das escolas neste início de ano lectivo é de uma tal gravidade que num país com uma cultura de responsabilização política e ética, os responsáveis por este cenário já teriam assumido a única atitude decente e séria, a demissão.
Um Ministro da Educação que faz de palavras como rigor, competência e exigência as suas bandeiras não pode ter o deplorável comportamento de desvalorização sistemática dos erros graves e atrasos no processo de colocação de professores e funcionários que levam a que em muitas das escolas, sobretudo as que integram TEIPs ou têm contratos de autonomia, ainda tenhamos milhares de alunos sem aulas completas duas semanas depois de se ter iniciado o ano lectivo. Não vale a pena enunciar as consequências desta situação.
É importante sublinhar ainda o caso de muitos alunos com Necessidades Educativas Especiais que por falta de funcionários, técnicos e professores continuam em casa ou amontoados nas escolas criando enormes dificuldades às famílias e vendo atropelado um direito básico, o direito à educação.
A tudo o isto o Ministro de forma arrogante patológica vai respondendo que se trata de casos pontuais e tudo corre normalmente apesar de um patético pedido de perdão pelo erro na fórmula de cálculo na ordenação das candidaturas dos professores.
Se o acto de contrição fosse sério, não pediria desculpa, pediria a demissão.

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