"Pais lamentam que Outubro comece com "muitos milhares de alunos sem alguns professores""
A situação que se vive em boa
parte das escolas neste início de ano lectivo é de uma tal gravidade que num
país com uma cultura de responsabilização política e ética, os responsáveis por
este cenário já teriam assumido a única atitude decente e séria, a demissão.
Um Ministro da Educação que faz
de palavras como rigor, competência e exigência as suas bandeiras não pode ter o
deplorável comportamento de desvalorização sistemática dos erros graves e
atrasos no processo de colocação de professores e funcionários que levam a que
em muitas das escolas, sobretudo as que integram TEIPs ou têm contratos de
autonomia, ainda tenhamos milhares de alunos sem aulas completas duas semanas depois de se
ter iniciado o ano lectivo. Não vale a pena enunciar as consequências desta
situação.
É importante sublinhar ainda o caso
de muitos alunos com Necessidades Educativas Especiais que por falta de
funcionários, técnicos e professores continuam em casa ou amontoados nas escolas criando enormes dificuldades
às famílias e vendo atropelado um direito básico, o direito à educação.
A tudo o isto o Ministro de forma
arrogante patológica vai respondendo que se trata de casos pontuais e tudo
corre normalmente apesar de um patético pedido de perdão pelo erro na fórmula
de cálculo na ordenação das candidaturas dos professores.
Se o acto de contrição fosse
sério, não pediria desculpa, pediria a demissão.
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