"Eles ainda estão à espera de um dia de escola normal"
Quando comecei a escrever estas notas pensei em iniciá-las com um pedido de desculpas pela insistência no mesmo tema, a escandalosa vergonha do arranque do ano lectivo. No entanto, achei que não o devia fazer, aliás, julgo mesmo que devo insistir.
Na verdade, é preciso expressar a indignação com o que se está a passar e que lesa alunos, professores e famílias. Milhares de alunos sem aulas, as escolas viradas do avesso tal como a vida de muitos professores não autorizam o silêncio.
Não queremos mais pedidos de desculpa, mais fingimentos de que tudo está dentro da normalidade ou de afirmações bizarras como a de Passos Coelho, "o início do ano lectivo correu melhor que em anos anteriores" para não voltar a afirmações eticamente delinquentes de Nuno Crato.
A incompetência e a irresponsabilidade com que se prejudicam alunos e professores deveriam ter ou um limite e um preço.
Limites, aparentemente, não tem, a cada dia nos surpreendemos pela negativa. Preço tem e sabe-se quem está a pagar, alunos, famílias e professores.
Até quando? Será que este cenário cabe na fórmula "regular funcionamento das instituições"?
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