A LEGO, a conhecida marca de jogos criativos, foi notícia
pela sua associação à Shell e por ter sido envolvida numa acção da Greenpeace
denunciando a acção devastadora em termos ambientais da empresa petrolífera no
Árctico. A LEGO decidiu terminar essa parceria.
Esta notícia sobre a LEGO sugere-me umas notas.
O meu primeiro contacto com este brinquedo foi, creio, há mais
de 50 anos, uma garagem com dois pequenos “carochas” que um amigo do meu pai me
trouxe de uma viagem ao estrangeiro. Naquele dia os LEGOS começaram a
fazer parte da família, até hoje.
Do meu ponto de vista é o brinquedo perfeito. A sua
utilização é intuitiva permitindo que o manual de instruções ou a supervisão de
alguém só possa ser necessária para réplicas mais sofisticadas. Os bebés com
peças LEGO nas mãos rapidamente entendem a forma como brinca.
Contrariamente a muitos outros brinquedos, os LEGOS são
mesmo interactivos, qualquer de nós, mais pequeno ou mais velho, transforma um
monte avulso de peças coloridas naquilo que entender. Por isso uma outra
característica, a imaginação é o limite de uma brincadeira com peças LEGO que a
alimentam e estimulam.
É também um brinquedo que permite “trabalhar” em conjunto na
construção das mais variadas estruturas.
Uma outra característica muito interessante é o que agora se
chama de “amigável”. Quando pegamos em algumas peças LEGO é difícil evitar
começar a brincar e experimentar o que aquele conjunto de peças permite fazer.
Por vezes, os adultos, esquecem este notável brinquedo e
deixam-se seduzir por coisas de bem pior qualidade mas que, aparentemente, são
muito modernos e atractivos.
Lamento, digo-o aqui muitas vezes e contrariando algumas
vozes que por aí andam, que os miúdos brinquem pouco, com os LEGOS, por exemplo.
É que as pessoas, algumas pessoas, esquecem que brincar é a
coisa mais séria que as crianças fazem.
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