segunda-feira, 6 de outubro de 2014

MAS A GENTE VIVE DE QUÊ?

"Mais de 400 mil desempregados sem subsídio"

Segundo dados da Segurança Social, em Agosto foram atribuídas cerca de 318 mil prestações de desemprego e não tiveram acesso estes apoios 406 mil desempregados, ou seja, cerca de 56% do universo de desempregados. O valor médio dos apoios atribuídos tem vindo a descer e situa-se agora em 465,95 €.
A proporção de desempregados que não tem qualquer prestação de apoio tem vindo a aumentar como paralelamente tem vindo a baixar o número de beneficiários de outras prestações sociais.
Dado que, como (quase) todos sentimos, não se tem verificado qualquer subida significativa nos rendimentos familiares, antes pelo contrário, o abaixamento tão significativo do número global de pessoas a beneficiar de apoios sociais, bem como dos seus montantes não decorre de melhoria das condições de vida das famílias mas sim, evidentemente, dos cortes no universo dos apoios sociais.
Este cenário impressionante, que pode agravar-se com a sempre anunciada reforma do Estado, isto é, cortes nas suas funções sociais, coloca uma terrível e angustiante questão. Os milhares, muitos, de pessoas envolvidas estão e vão (sobre)viver de quê?
Recordo-me a insustentável leveza da afirmação de há algum tempo do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, "A vida das pessoas não está melhor, mas a vida do país está muito melhor".
Até à solução final.

Sem comentários: