"Mais de 400 mil desempregados sem subsídio"
Segundo dados da Segurança Social,
em Agosto foram atribuídas cerca de 318 mil prestações de desemprego e não
tiveram acesso estes apoios 406 mil desempregados, ou seja, cerca de 56% do
universo de desempregados. O valor médio dos apoios atribuídos tem vindo a
descer e situa-se agora em 465,95 €.
A proporção de desempregados que
não tem qualquer prestação de apoio tem vindo a aumentar como paralelamente tem vindo
a baixar o número de beneficiários de outras prestações sociais.
Dado que, como (quase) todos
sentimos, não se tem verificado qualquer subida significativa nos
rendimentos familiares, antes pelo contrário, o abaixamento tão significativo
do número global de pessoas a beneficiar de apoios sociais, bem como dos seus
montantes não decorre de melhoria das condições de vida das famílias mas sim,
evidentemente, dos cortes no universo dos apoios sociais.
Este cenário impressionante, que
pode agravar-se com a sempre anunciada reforma do Estado, isto é, cortes nas
suas funções sociais, coloca uma terrível e angustiante questão. Os milhares,
muitos, de pessoas envolvidas estão e vão (sobre)viver de quê?
Recordo-me a insustentável leveza
da afirmação de há algum tempo do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro,
"A vida das pessoas não está melhor, mas a vida do país
está muito melhor".
Até à solução final.
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