Manhã de Domingo, meio de Agosto, numa vila da Serra da
Estrela.
O sino da Igreja providencia a banda sonora da contagem do
tempo.
Um tempo que está quente e amolece, muito.
Ouvem-se foguetes na continuação de um fogo-de-artifício que
animou a noite de ontem que também teve baile que contou com a actuação de um
"famoso conjunto musical”.
Passa a banda acompanhada por algumas dezenas de pessoas que
carregam um ar de férias.
Atrás, forma-se um cortejo de automóveis, boa parte dos
quais de matrículas estrangeiras.
No café, dois velhos enxotam as moscas com o Correio da Manhã
e parecem esperar que o amanhã seja, pelo menos, como o hoje.
Tudo parece acontecer devagar, muito devagar.
Fico com a sensação que não queremos que Setembro chegue.
Ou então sou só eu que assim penso e para tranquilizar a consciência,
se isso fosse possível, generalizo.
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