Ao que se lê no DN, a preparação do orçamento de
estado para 2014 volta a penalizar fortemente o Ministério da Educação,
refere-se um corte de 325 milhões de euros assumido perante a Troika que nos governa,
continuando assim o caminho que tem vindo a ser percorrido.
Recordo, por exemplo, que a Conferência WISE –
World Innovation Summit for Education de 2012, em Doha no Qatar, definiu como
eixo central o investimento em educação mesmo em tempos recessivos, sublinhando
a importância da qualificação, incentivos e apoios aos professores e a relação
dos percursos educativos com o mercado de trabalho.
Sendo certo que importa racionalizar custos e
optimizar recursos combatendo desperdício e ineficácia, o caminho que temos
vindo a percorrer é justamente o contrário, o desinvestimento na educação, do
básico ao superior com custos que o futuro se encarregará de evidenciar.
Está estudada e reconhecida de há muito a
associação fortíssima entre o investimento em educação e investigação e o
desenvolvimento das comunidades, seja por via directa, qualificação e produção
de conhecimento, seja por via indirecta, condições económicas, qualidade de
vida e condições de saúde, por exemplo.
O empobrecimento e o desinvestimento em educação nunca
poderão ser factores de desenvolvimento.
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