Conheceu-se mais um episódio da
eterna e certamente inconclusiva saga conhecida pelo “O estranho negócio dos
submarinos”.
Os episódios anteriores foram marcados por uma enorme
"surpresa" preparada pelos argumentistas, o desaparecimento da papelada relativa
ao negócio o que faz correr o sério risco de comprometimento das investigações.
Nada de extraordinário, do meu ponto de vista, as
investigações estavam comprometidas à partida, estamos em Portugal. Relembro
que na Alemanha, o pessoal envolvido neste esquema já foi julgado e condenado,
na Grécia o processo desenvolveu-se com a acusação dos responsáveis e nós por
cá, como de costume, andamos aos papéis com eles desaparecidos e realizamos
umas investigações, julgamentos e "indiciações" que ninguém acredita que terminem
com alguma condenação, ou seja, tal como acontecia nas nossas míticas batalhas
navais jogadas nas aulas, não passam de tiros na água.
De forma curiosa e mais preocupante é que estes
tiros na água abrem mais um rombo no casco do porta-aviões da confiança na
justiça e em boa parte da classe política.
Acresce que de quem se espera que seja parte da
solução é, na verdade, parte do problema, resultado, justiça ao fundo.
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