Desde há uns dias o mundo tem
estado preso na tragédia que envolve os adolescentes tailandeses e o seu treinador há dias
encurralados numa caverna.
O processo de resgate que
felizmente, acabou de terminar de forma bem-sucedida tem sido acompanhado ao
pormenor e em directo pela generalidade da imprensa incluindo a portuguesa.
Ainda bem que ainda nos
emocionamos e envolvemos em problemas desta natureza. É bom sinal e a raridade
da situação contribuiu certamente para a atenção que suscitou.
Já as centenas de mortes no
Mediterrâneo e noutras paragens, muitas delas de crianças, são mais banais,
fazem parte do quotidiano e suscitam pouco mais que a retórica da indignação e
discursos político que nos assustam, uns pela inépcia e falta de coragem,
outros pela cumplicidade e falta de sentido ético e de humanidade.
Falta ainda tentar resgatar as
muitas crianças que que estão encurralados em cavernas como a pobreza e a exclusão,
o abandono e os maus-tratos, a ausência de futuro, o insucesso, etc., pois são múltiplas
as cavernas em que caíram.
Este resgate tem menos impacto
mediático mas tem igual urgência.
Sem comentários:
Enviar um comentário