Foi divulgado o Relatório de Progresso do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento da Escola Inclusiva que tem por objectivo redefinir o enquadramento legal da designada "educação especial", embora se aponte para algo de que ainda não vislumbrei com clareza o sentido, o desenvolvimento de uma "Escola Inclusiva de 2ª Geração". Recordo que tal desígnio consta do programa do Governo.
O trabalho apresentado ainda não aponta para o futuro quadro legal mas identifica alguns aspectos e orientações que me parecem globalmente positivas.
No entanto, existem ainda zonas de indefinição que numa segunda fase nos ajudarão a perceber o sentido da mudança que me parece imprescindível e inadiável.
Os problemas e dificuldades existentes nas escolas de 1ª geração criam-me alguma curiosidade e expectativa sobre as escolas inclusivas de 2ª geração.
Como muitas vezes afirmo não acredito numa escola inclusiva, nada do que diga respeito a humanos é verdadeiramente inclusivo pelo que a escola também não o pode ser, A sociologia e a experiência demonstram-no desde que existe escola.
Acredito. isso sim, e é um caminho que percorro há décadas, que possamos ir construindo contextos educativos assentes em princípios de educação inclusiva. Dito de outra forma, estando todas as crianças jovens em idade escolar na escola que todos frequentam, acredito e defendo que temos em cada momento e em cada escola identificar e contrariar processos de insucesso e de exclusão que se instalam pelas mais variadas razões.
Este caminho tem como base ser, estar, aprender, participar e pertencer.
Este caminho, é matéria de direitos e não exclusivamente de opções políticas ou científicas.
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