Está triste a terra no Meu Alentejo. Ainda hoje na vila, o Mestre Francisco me dizia depois da salvação, aqui ainda se dá a salvação quando nos cruzamos na rua, “já viu como estão tristes esses campos”. É verdade, vão tristes os campos.
A terra está sem o sustento, sem água, a erva não medra, o gado não tem que comer. Se a chuva não vier, o Borda d’Água não é animador, a coisa vai ficar pior.
A tristeza dos campos do Alentejo é como o Alentejo e os alentejanos, contida, funda e presente.
Parece que a natureza se juntou aos homens no roubar do sustento. Ontem, o céu mostrava umas nuvens que pareciam anunciar uma mudança de rumo no tempo. Hoje tudo limpou e a desesperança voltou.
Estão tristes os campos do Meu Alentejo.
E eu fico triste a olhar para eles.
Que não nos falte o sustento, a água.
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