Acho muito interessantes estas "notícias" dando conta da vontade de alguns "cavaquistas", ver Presidente da República, de que o Ministro Vítor Gaspar fosse substituído devido ao desacordo com as políticas de "austeridade" desenvolvidas pelo Ministro.
Do meu ponto de vista não passa de um "fait divers" inconsequente e obedece à pequenina política.
Em primeiro lugar a responsabilidade da política em curso, global e sectorial é, só pode ser, da responsabilidade do Primeiro-ministro. Donde, a acontecer, a discordância com as políticas em desenvolvimento passaria por exprimir isso mesmo e não "sugerir" a eventual substituição do ministro. No entanto, se assim fosse, o alvo teria que ser o Primeiro-ministro e os "cavaquistas" teriam de levantar a questão da governação, coisa que obviamente, não farão.
Por outro lado, creio que a posição do Presidente da República nunca esteve tão fragilizada socialmente como agora. Como dizia o insuspeito Carlos Abreu Amorim, Cavaco Silva acerta quando está calado e as últimas intervenções públicas de Cavaco Silva foram desastradas e insultuosas no seu conteúdo o que o fragilizou e retirou peso político.
Neste cenário, parece oportuno que o país, o cidadão comum, saiba que o Presidente está preocupado com a austeridade e até veria com bons olhos a substituição do Ministro das Finanças algo que, parece claro, é improvável, nos tempos mais próximos a não ser num caso extremo de grande conflitualidade que evidentemente, os "cavaquistas" também não querem.
Percebe-se assim como no Público, os amigos são para as ocasiões, aparece a "noticia" de 1ª página, "Cavaquistas querem que Vítor Gaspar saia".
Querem mesmo?
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