Na rotina da manhã cabe, por vezes e quando há tempo, a "companhia" de um noticiário televisivo. Um cidadão que está a preparar-se para durante mais um dia longo enfrentar o mundo, fá-lo-á mais preparado se estiver informado.
Às tantas, oiço o "pivot", como lhe chamam o que é um nome estranho mas aqui fica, informar que "a crise não afecta a venda de telemóveis, este ano já foram vendidos cerca de 4,5 milhões de aparelhos". Este número vai adicionar-se aos outros milhões já na posse dos portugueses transformando-nos num dos países com maior taxa de consumo destes aparelhos.
Fiquei satisfeito. Foi bom saber que mesmo em tempos de crise a nossa sociedade não abdica da comunicação e da comunicação com meios actualizados.
Conheço muitíssimas pessoas com vários aparelhos em utilização simultânea justificando, por exemplo, com a ligação aos diferentes operadores do mercado.
Se associarmos a esta frenética e enorme adesão aos telemóveis a presença nas redes sociais e a utilização da comunicação via mail, dificilmente teremos um minuto em que não estejamos em contacto com alguém, algures.
Só não percebo a razão porque me parece que as pessoas vivem, de uma forma geral, cada vez mais sós.
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