Acordei num daqueles dias em que se gosta de acordar. Sentimos que a vida está à nossa espera para que dela cuidemos e tudo correrá bem, uma boa onda, como dizem os mais novos.
Enquanto estava de volta do pequeno almoço, por rotina ligo a televisão e começo a ouvir o noticiário da manhã e a tomar atenção, coisa que nem sempre faço, a algumas das notícias.
De acordo com dados do INE a divulgar hoje pode considerar-se que a pobreza está perto de se considerar erradicada em Portugal e veio o desenvolvimento com alguns indicadores. A peça era acompanhada por imagens antigas relativas a situações de pobreza e exclusão.
No trabalho seguinte, dedicado às questões do emprego, surge a informação de que o desemprego, em continuidade com o que tem vindo a acontecer nos últimos anos baixou significativamente, designadamente entre os jovens, para os quais se pode falar de pleno emprego. As situações de desemprego afectam ainda uma bolsa relativamente pequena de pessoas perto da idade da reforma. As medidas entretanto tomadas asseguram a estas pessoas uma transição sem grande sobressalto para a situação de reforma.
Já completamente colado ao ecrã ouvi em seguida que, segundo o último relatório da OCDE, os níveis de sucesso escolar dos alunos portugueses estavam ao nível dos países que sempre constituíram a nossa referência. Sublinhava-se na peça que o abandono escolar se poderia considerar estatisticamente insignificante.
Estava verdadeiramente entusiasmado quando o irritante despertador me acordou e, dado que eram sete da manhã, oiço uma voz informar que se esperava que os juros da dívida continuassem a subir e ...
Nem o sol bonito que estava me devolveu a disposição para enfrentar o mundo.
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