Embora de forma tímida e comprometida parece que o PS está disponível para apoiar o fim do sigilo bancário proposto pelo BE. Qualquer medida que possa ter efeito no combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito é de saudar, por isso, dada a maioria detida pelo PS na Assembleia da República, torna-se imprescindível a sua adesão sem a qual, como tem vergonhosamente acontecido, as medidas não passam, veja-se o destino do pacote Cravinho. É certo que a medida, sendo importante, perde impacto se não se conseguir entendimentos que promovam, por exemplo, o controlo ou a extinção dos offshores (esta medida está, naturalmente fora da competência da AR), se não se proceder à criminalização do enriquecimento ilícito, que aliás o PS ainda não aceita, se não se promover a eficácia dos dispositivos de regulação e, sobretudo, uma justiça célere, equitativa e eficaz, que não permita as habilidades e manhas jurídicas que suportam a instalada ideia da impunidade. A este propósito pode conferir-se as sucessivas e insultuosas declarações de Isaltino durante o seu julgamento, “toda a gente fazia assim”, “é a prática habitual”, etc., estando a falar de práticas fraudulentas.
Ver para crer, no entanto, vamos ter alguma esperança.
Ver para crer, no entanto, vamos ter alguma esperança.
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