quarta-feira, 1 de abril de 2009

ENTRE O CONTENTAMENTO, A TRISTEZA, A REVOLTA E A DESCONFIANÇA

Esta questão das faltas dos alunos é apenas mais um episódio que me deixa entre a tristeza, a revolta, o contentamento e a desconfiança. Vou tentar explicar.
Num país em que um dos sérios problemas sentidos na educação remete para o absentismo, a notícia de que as faltas dos alunos no 3º ciclo diminuíram seria, para toda a gente, em particular por quem está mais perto deste universo, uma excelente notícia, daí o contentamento. Lamentavelmente a prática reiterada por esta equipa do ME de manipulação de dados e manhas numéricas levam-nos a desconfiar, daí a desconfiança e a tristeza. O que esta gente tem andado a fazer minou, decididamente, a confiança que a comunidade deve sentir no sistema o que tem efeitos complicados, nunca temos a certeza se podemos confiar no discurso do ME. Este clima é mau, muito mau. Finalmente a revolta. Quando se ouvem os professores, designadamente os elementos dos Conselhos Executivos, até Álvaro Santos presidente do Conselho de Escolas, órgão consultivo do ME, percebemos a reserva face aos números devido ao processo de limpeza de “cadastro” dos alunos a que o sistema procede depois de realizadas as provas de recuperação.
Ontem o Primeiro-ministro felicitava a Ministra por “nunca ceder”. É verdade, a ministra não cede, cede o sistema, ninguém acredita nele, a não ser o “inner circle” da 5 de Outubro e o Dr. Albino Almeida da Confap.

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