É óbvio que qualquer instituição ou entidade deve definir objectivos para a sua intervenção ou funcionamento, seja qual for a área de desempenho. A inexistência de objectivos conduz ao laxismo, à ineficácia e ao desperdício. Na nossa sociedade e em todas as épocas os exemplos são mais que muitos a que acresce uma cultura de impunidade na medida em que nunca se responsabilizam os responsáveis por tais situações. Dito isto, parece razoável que as forças de segurança face aos indicadores de problemas, que se esperam credíveis, definam objectivos que passarão, necessariamente, pelo controlo e abaixamento dos números nas diferentes tipologias de problemas, a resolução breve de incidentes da sua área de competência, bem como na sua prevenção, podendo ainda ser considerados outros objectivos. O que parece estranho, é que se estabeleça como objectivos o número de detenções a realizar por mês, calculado por área de delinquência e para diferentes esquadras. Pode imaginar-se os operacionais da PSP no final do mês, aflitos com o cumprimento do plano de detenções, a procurarem desesperadamente um qualquer delinquente, até pode ser um daqueles já conhecidos que se não fez alguma, deve estar a prepará-la pelo que prende-se, cumpre-se o objectivo e depois logo se vê.
Para não variar a culpa é do joelho. Com a pressa das estatísticas pensa-se nas coisas em cima do joelho. Se o joelho não ajuda, sai disto.
Para não variar a culpa é do joelho. Com a pressa das estatísticas pensa-se nas coisas em cima do joelho. Se o joelho não ajuda, sai disto.
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